Kátia Ricardi de Abreu é Psicóloga ( CRP 06/15951-5) graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1982.

Especialista em Análise Transacional, é Membro Certificado Clínico pela Associação Latino-Americana de Análise Transacional (ALAT) e Membro Didata Clínico em formação pela UNAT-Brasil.

Proprietária da EGO CLÍNICA E CONSULTORIA, na área clínica atende crianças, adolescentes e adultos, individual, grupos, casais e famílias.

Na área organizacional, atua em gestão de pessoas de acordo com as necessidades específicas de cada grupo, empresa e organização pública ou privada em diversos segmentos de mercado.


Atualmente é Vice-Presidente da UNAT-Brasil. Participa de Congressos e eventos ligados à Psicologia e áreas afins.

Ministra Cursos e Palestras em todo Brasil, sobre qualidade de vida, universo corporativo, universo feminino, relacionamento humano, levando sua mensagem forte de vida fundamentada numa filosofia humanista. Seu estilo é um convite à reflexão e mudança positiva de conduta frente à realidade.

É articulista de vários jornais, revistas especializadas e sites de internet.

 

 

 

 


 

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Amamentação -aspectos psicológicos

De modo geral, as futuras mamães têm a informação de que é importante amamentar o seu futuro bebê. Porém, a nível emocional, as dificuldades no decorrer do processo, ou seja, na prática, aparecem freqüentemente.

Muitos estudos e experimentos científicos comprovaram que, através da amamentação, mãe-filho têm maior oportunidade de envolvimento e aprofundamento afetivo.Psicologicamente, ocorre uma redução do efeito traumático da separação provocada pelo parto. Portanto, a amamentação não é apenas um processo fisiológico de amamentar o bebê, mas envolve um padrão mais amplo de comunicação psicossocial entre mãe e bebê.

Pesquisas recentes têm demonstrado a superioridade do leite materno em todos os aspectos. Do ponto de vista psicológico, um dos aspectos mais relevantes para mim é: a mãe que amamenta, possibilita ao seu bebê, além das vantagens nutritivas do leite materno, o contato epidérmico fundamental para seu desenvolvimento.

Para Maldonado (1981) é através deste contato que a criança relaciona-se com o mundo, abrindo-se para novas experiências. É este contato corporal que constitui a origem principal do bem-estar, segurança e afetividade, dando ao bebê a capacidade de procurar novas experiências.

Ocorre, porém, que uma série de fatores, um conjunto de atividades, necessita existir e se manifestar para que a amamentação ocorra com sucesso.

Quando a mãe está cercada de pessoas que conseguem ajuda-la e apóia-la, sem desqualificar suas capacidades de cuidar do bebê, os sentimentos de autoconfiança e satisfação emocional aumentam. Conseqüentemente, o reflexo de liberação ocorre e a produção de leite é satisfatória. Assim, é importante a existência de um ambiente familiar favorável que transmita encorajamento.

No entanto, observa-se comumente atitudes críticas, desencorajadoras e pouco confiantes por parte de parentes e amigos da puérpara, especialmente no que se refere à sua capacidade de amamentar; é freqüente que, diante de qualquer coisa peculiar que aconteça ao bebê, as primeiras suspeitas recaiam sobre o leite materno (“é fraco”, “provoca cólicas”, “dá diarréia” ou “dá prisão de ventre”, etc.), carregando implicitamente uma mensagem de inadequação para a mulher como mãe com o efeito geral não só de inibir a lactação, através da ansiedade, como também prejudicar muitas vezes outras funções maternais, comprometendo  o estabelecimento de uma ligação boa e tranqüila (Maldonado, 1981).

As emoções afetam a lactação através de mecanismos psicossomáticos específicos. Calma, confiança e tranqüilidade favorecem um bom aleitamento; por outro lado, medo, depressão, tensão, dor , fadiga e ansiedade tendem a provocar o fracasso da amamentação (Maldonado, 1981).

Observa-se também que o curso do aleitamento será determinado, em grande parte, por fatores tais como: o medo de perder a estética dos seios com a amamentação; ou ainda, na raiz de muitos casos, encontra-se uma dissociação entre maternidade e sexo: a mulher que não amamenta por considerar os seios como símbolos sexuais e a amamentação como algo “puro”, destituído de sensualidade; e a mulher que amamenta, mas deixa de utilizar os seios como fonte de prazer erótico, empobrecendo sua sexualidade.

A maior incidência da alimentação artificial e a altíssima percentagem de fracasso nas tentativas de amamentar refletem não só mudanças tecnológicas e sociais mas, também, certamente, o caráter anti-instintivo e esquizóide da nossa época, em que os afetos e a proximidade emocional são tão temidos.

É nesta tendência que se inserem o parto sob narcose, a cesária a pedido e a secagem artificial do leite (Maldonado, 1981).

Um outro fator que faz com que a amamentação seja vivenciada de forma tão assustadora por várias mulheres é o medo de “ficar presa”, pois a mamadeira pode ser administrada por qualquer pessoa. E ainda, a mamadeira simboliza um objeto intermediário que lhes dá segurança de um certo grau de afastamento e não envolvimento. Acredito que, principalmente a mulher que trabalha fora, especialmente as profissionais autônomas que geralmente não podem desfrutar dos meses de licença gestante, uma vez que um afastamento mais prolongado do trabalho pode comprometer o orçamento, fiquem ansiosas para voltar ao estilo de vida executivo e acabam adotando a alimentação artificial por não conseguirem estruturar o tempo incluindo amamentação e trabalho.

No entanto, muitas são as alternativas para estruturar e conciliar a volta às atividades profissionais com a amamentação.

Minha sugestão para que as futuras mamães não sejam surpreendidas com dificuldades que só vão conhecer verdadeiramente quando o bebê chegar, é realizar durante a gestação um trabalho complementar de orientação psicológica, onde terão oportunidade de obter mais informações sobre si mesmas, sobre as dificuldades mais comuns e como administra-las de forma a possibilitar um início de vida saudável para o bebê e um puerpério o mais tranqüilo possível.

Na minha experiência clínica, observo que normalmente as preocupações da gestante voltam-se mais freqüentemente para o enxoval, decoração do quarto, espaço físico, qual nome escolher para o bebê, etc. Enfim, são poucas as gestantes que valorizam e procuram um acompanhamento psicológico para garantir uma gestação, parto e puerpério o menos estressante possível, tirando proveito desta agraciada etapa da vida de uma mulher, para amadurecer como ser humano e para garantir que o seu bebê desfrute o máximo possível de equilíbrio, harmonia e saúde mental.

Kátia Ricardi de Abreu, Psicóloga graduada pela PUCCAMP, especialista clínica em Análise Transacional pela ALAT e UNAT-Brasil, consultora de empresas, palestrante e escritora
 


 

 


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