Kátia Ricardi de Abreu é Psicóloga ( CRP 06/15951-5) graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1982.

Especialista em Análise Transacional, é Membro Certificado Clínico pela Associação Latino-Americana de Análise Transacional (ALAT) e Membro Didata Clínico em formação pela UNAT-Brasil.

Proprietária da EGO CLÍNICA E CONSULTORIA, na área clínica atende crianças, adolescentes e adultos, individual, grupos, casais e famílias.

Na área organizacional, atua em gestão de pessoas de acordo com as necessidades específicas de cada grupo, empresa e organização pública ou privada em diversos segmentos de mercado.


Atualmente é Vice-Presidente da UNAT-Brasil. Participa de Congressos e eventos ligados à Psicologia e áreas afins.

Ministra Cursos e Palestras em todo Brasil, sobre qualidade de vida, universo corporativo, universo feminino, relacionamento humano, levando sua mensagem forte de vida fundamentada numa filosofia humanista. Seu estilo é um convite à reflexão e mudança positiva de conduta frente à realidade.

É articulista de vários jornais, revistas especializadas e sites de internet.

 

 

 

 


 

R. Ondina, 44 - Redentora
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O lobo da estepe


Publicado em 22/5/2006 no site: www.curriculum.com.br

“Cresça! Mas não me supere!” Esta é a mensagem que o lobo da estepe recebeu de seus progenitores, educadores ou figuras emocionalmente significativas na sua infância.
Hoje, ele não se lembra mais disso. Esta mensagem ficou gravada no seu inconsciente.
Obediente a esta mensagem não verbal introjetada, o lobo da estepe programou a sua vida para ser bem-sucedido, mas nunca superar a figura que enviou a tal mensagem, geralmente, o pai ou um dos pais. Seu crescimento e desenvolvimento profissional estão fadados a ser sempre limitado. Ele pode ultrapassar o crescimento de quem enviou a mensagem, sim! Mas vai pagar um alto preço por isso. A culpa o atormentará e várias sabotagens ele fará para não obter o tão sonhado resultado que o levaria ao pódio. Isso inclui ter uma vida dura, trabalhar duro, não se divertir, quando todos se divertem, não dormir quando todos dormem, não rir quando todos acham engraçado, não descansar, não, não, não...
Esta mensagem acompanhada de outras, tais como “não desfrute a vida”, “trabalhe duro”, poderá levar ao colapso emocional e o lobo da estepe adoecerá. Porque ele trabalha duro, não desfruta a vida, e seu crescimento é tumultuado por pequenos boicotes inconscientes que o empurram a um estilo de vida frustrante.
Quando adoece, física e ou psiquicamente, o lobo da estepe sente um certo alívio: “puxa, que legal, não vou mesmo ser feliz, não vou desobedecer a papai ou mamãe, pois eu sou bem-sucedido, mas vejam, sou infeliz!”.
Se ele viaja, é sempre para desestressar, e achando que não é o momento. Claro, ele não pode desfrutar a vida, lembram-se? Fica preocupado porque está no resort e o celular não toca, ninguém o procura, o que será que está acontecendo, meu Deus? Liga para a empresa, liga para os filhos, está tudo bem, mas ele não acredita. Tenta relaxar, toma uma cerveja, mas sua cabeça está onde? Nos problemas que ele necessita que existam. Arrisco dizer que uma ligeira paranóia o acompanha sorrateira, do tipo: “estão sempre armando contra mim, não confio em ninguém”.
O lobo da estepe confia, sim! Mas nas pessoas erradas. Ele desconfia de todo mundo, mas dorme com o inimigo. Ele escolhe a dedo, inconscientemente, aqueles que serão seus parceiros no boicote do seu sucesso.
Se o lobo da estepe tiver um pouco de sorte, ele poderá encontrar no seu caminho, um treinador, um coach, um mentor, um consultor. Estará ele diante de uma encruzilhada. Se o coach for visionário o bastante para diagnosticar e decifrar seu inconsciente, se for suficientemente corajoso para fazer esta leitura e trazer à consciência do lobo da estepe toda esta dinâmica intrapsíquica, maravilha! O lobo da estepe poderá se libertar das suas correntes e amarras, transformar a sua vida, reprogramar tudo, desobedecer a papai e seguir adiante: “Eu posso crescer, eu mereço crescer, eu quero crescer, eu vou crescer, olhem, estou crescendo, e... pasmem... não dói! Em vez de culpa, angústia, depressão, sei lá... estou sentindo uma coisa boa, do tipo nas nuvens. Céus, isso é o que chamam de bem-estar? Felicidade, por acaso?”
O outro caminho é a recusa ao convite do coach para desobedecer a papai. Neste caso, o lobo da estepe vai dar o fora, resistir ferrenhamente às observações e convites do coach. Ele nem vai mais respeitá-lo, sequer. Vai desconfiar dele também, claro, porque ele não pode confiar em quem está querendo fazê-lo pensar diferente. Que perigo! “Este negócio de coach tem que acabar, ele está querendo fazer a minha cabeça!” – dirá ele, para justificar o retorno aos padrões de comportamento antigos. E seguirá seu caminho, mais ou menos feliz.
Se ele tem uma empresa, um negócio, se administra alguma coisa, será sempre o centralizador e estará rodeado de pessoas leais que erram muito e comprometem o sucesso do negócio, porque ele precisa destas pessoas para cumprir o seu destino. Ele terá a maior paciência com elas, porque ele terá a tendência em repassar a batata quente. Seus funcionários não podem superá-lo. Para tanto, terá que estar cercado de pessoas que também se boicotam. Erram, não por maldade, sabe? Muito menos por incompetência, imagine! Erram e não mudam, continuam errando várias vezes no mesmo ponto. Porque elas precisam completar a patologia do lobo da estepe.
Nos seus momentos de lucidez, ele se sente só e incompreendido. Pode ser o momento propício de aceitar o convite de um outro coach, ou do mesmo, se o danado persistentemente não desistiu, ficou ali, sorrateiro, esperando outra oportunidade para trazer a liberdade ao mundo deste ser! Existem coachs assim, acreditem! Eles esperam pacientemente pelo momento certo e dizem: ahá, pensou que eu tinha ido embora, hein? Não, não fui! Estou aqui ainda e incondicionalmente, apesar de todos os desaforos que você me fez não acreditando em mim, eu não desisti de acreditar que você pode ser feliz!”
Talvez o lobo da estepe abandone suas mensagens temporariamente. Isso não poderá ser confundido com cura, poderá ser apenas um teste. O coach deve ficar atento, pois ele poderá ficar parecendo curado. Para ter certeza, o coach deverá acompanhá-lo ainda por um bom tempo, de perto, ou de longe. Ficará torcendo para que a decisão em mudar seja definitiva, permanente!
Quem sabe um dia, poderá brindar sozinho, ou tomar um drinque para comemorar, com o próprio ex-lobo da estepe, um novo tempo, onde ele finalmente aprendeu a desobedecer a suas mensagens parentais danosas.
O coach poderá olhar em volta e constatar a cura: realmente, o estilo de vida mudou e as pessoas com quem ele se relaciona podem crescer, podem ser competentes, erram, mas consertam rapidinho e não repetem os mesmos erros, seu negócio progride dentro de um clima agradável.
Emocionado, o coach concluirá na sua avaliação que a programação inconsciente foi substituída por uma outra, livre de boicotes e amarras. Então, ele se aproximará do ex-lobo da estepe, levantará seu copo e, sorrindo, fará tim-tim!

Kátia Ricardi de Abreu, Psicóloga graduada pela PUCCAMP, consultora de empresas, palestrante e escritora
 


 

 


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