Kátia Ricardi de Abreu é Psicóloga ( CRP 06/15951-5) graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1982.

Especialista em Análise Transacional, é Membro Certificado Clínico pela Associação Latino-Americana de Análise Transacional (ALAT) e Membro Didata Clínico em formação pela UNAT-Brasil.

Proprietária da EGO CLÍNICA E CONSULTORIA, na área clínica atende crianças, adolescentes e adultos, individual, grupos, casais e famílias.

Na área organizacional, atua em gestão de pessoas de acordo com as necessidades específicas de cada grupo, empresa e organização pública ou privada em diversos segmentos de mercado.


Foi Vice-Presidente da UNAT-Brasil. Participa de Congressos e eventos ligados à Psicologia e áreas afins.

 

Foi presidente do Rotary Club São José do Rio Preto - Distrito 4480

Ministra Cursos e Palestras em todo Brasil, sobre qualidade de vida, universo corporativo, universo feminino, relacionamento humano, levando sua mensagem forte de vida fundamentada numa filosofia humanista. Seu estilo é um convite à reflexão e mudança positiva de conduta frente à realidade.

É articulista de vários jornais, revistas especializadas e sites.

 

 

 


 

R. Ondina, 44 - Redentora
São José do Rio Preto - SP
Fone: (0xx17) 3233 2556 

 

 

Amiga no messenger          

            Baladeiro. Ele não queria ir, mas acabou aceitando o convite para passar um fim de semana no sítio, com alguns parentes. Na hora de arrumar as coisas na mochila, não resistiu: pegou seu laptop. O que você vai fazer com isso no sítio? – perguntou sua mãe, indignada! Mãe – respondeu ele – isso aqui é meu contato com o mundo.

            Curtiu tudo que um sítio pode oferecer. Ficou com os pés branquelos descalços e andou pela grama, pelo chão de terra. Chegou a subir numa jabuticabeira para sorver algumas frutinhas deliciosas. Deitou na rede, dormiu, sonhou, acordou e sentiu que estava faltando alguma coisa. A água fresca do banho naquele cenário bucólico tinha um efeito desestressante.

            Anoiteceu e os parentes tiveram a idéia de fazer um churrasco. Por incrível que pareça, ele não gostava de churrasco. Ficou ali durante um tempo, conversou um pouquinho, mas o papo não estava agradando. Não deu outra: ele logo descobriu que estava com saudades de seus amigos. Ah, como é bom ter amigos! O que será que eles estarão fazendo? – pensou ele.

            Correu para o quarto, abriu sua mochila e pegou o laptop. A noite de lua cheia o encorajou a sentar-se num tronco de árvore, um pouco mais afastado do grupo. Tentou a conexão e... Bingo! Lá estava ele no Messenger em pleno sábado à noite... Sozinho! Os amigos? Muito calor para ficar em casa diante de uma máquina. Surpreendentemente, uma amiga apareceu na tela. Oh, até que enfim, mais alguém está on-line.

            Papo vai, papo vem, colocaram a conversa em dia. De vez em quando, ele interrompia a digitação frenética no teclado para espantar algum bichinho voador. Entre vaga-lumes e pirilampos, ele se sentia feliz; tinha afinidades com a amiga, neste momento, virtual.

            Ele decidiu prosseguir com a agradável comunicação quando um gato preto se misturou com a noite; assustado, só não atirou o laptop para o alto porque isso era a última coisa que ele faria na face da terra. Agarrado à máquina, com as mãos e com a mente, continuou conversando com a amiga até que sua mãe o chamou para se deitar. Tarde da noite? Nem tanto. Mas no sítio, as pessoas dormem mais cedo. Por quê? Para acordar mais cedo. No dia seguinte, ele pretendia caminhar até o riacho e pescar.

Despediu-se da amiga, agradeceu a companhia, desligou o laptop e foi para o quarto onde uma cama com lençóis cheirosos o esperava.

Ao lhe desejar boa noite, sua mãe disse: durma com os anjos! Sim – pensou ele: os anjos existem, mas algumas vezes, suas asas são invisíveis e nós os chamamos de amigos! E só conseguimos ter amigos quando temos a nós.

O Dhammapada revela: “Se um homem tivesse por destino conquistar mil vezes mil homens numa batalha e outro conquistasse só a si próprio, este último é que seria o maior dos conquistadores.”

Kátia Ricardi de Abreu, Psicóloga graduada pela PUCCAMP, especialista clínica em Análise Transacional pela ALAT e UNAT-Brasil, consultora de empresas, palestrante e escritora

 

 

 

 

 


 

 

 

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