Kátia Ricardi de Abreu é Psicóloga ( CRP 06/15951-5) graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1982.

Especialista em Análise Transacional, é Membro Certificado Clínico pela Associação Latino-Americana de Análise Transacional (ALAT) e Membro Didata Clínico em formação pela UNAT-Brasil.

Proprietária da EGO CLÍNICA E CONSULTORIA, na área clínica atende crianças, adolescentes e adultos, individual, grupos, casais e famílias.

Na área organizacional, atua em gestão de pessoas de acordo com as necessidades específicas de cada grupo, empresa e organização pública ou privada em diversos segmentos de mercado.


Foi Vice-Presidente da UNAT-Brasil. Participa de Congressos e eventos ligados à Psicologia e áreas afins.

 

Foi presidente do Rotary Club São José do Rio Preto - Distrito 4480

Ministra Cursos e Palestras em todo Brasil, sobre qualidade de vida, universo corporativo, universo feminino, relacionamento humano, levando sua mensagem forte de vida fundamentada numa filosofia humanista. Seu estilo é um convite à reflexão e mudança positiva de conduta frente à realidade.

É articulista de vários jornais, revistas especializadas e sites.

 

 

 


 

R. Ondina, 44 - Redentora
São José do Rio Preto - SP
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Armadilhas da insensibilidade          

            Carolina Pega Leve precisa falar diariamente com Ângela Bate Pesado para dar prosseguimento ao seu trabalho e faz algum tempo, evita ao máximo este contato; sente dor no estômago só de pensar em entrar na sala dela. Para se livrar deste incômodo, procura outras formas de comunicação; mesmo assim, quando vê o e-mail de Ângela na sua caixa eletrônica, sente até um frio na barriga.

Pessoas difíceis são aquelas que não abrem portas para uma comunicação com estímulos e respostas complementares. Confundem o interlocutor e esta confusão pode chegar à exaustão, quando geralmente ocorre a desistência do relacionamento. Desistência, no entanto não significa necessariamente rompimento. Podemos desistir de prosseguir no aprofundamento do relacionamento e continuar mantendo-o de forma diplomática, amigável, aceitando todas as limitações implícitas nesta comunicação cruzada. Desta forma, o desgaste torna-se reduzido ou até mesmo inexistente. Lamentavelmente, a qualidade de nossas relações depende de todas as partes envolvidas. Por mais forte que seja o nosso desejo de prosseguir com intensas trocas de estímulos e respostas, só podemos garantir a nossa parte (que são 50%).

            Aprender a lidar com pessoas difíceis passa pela estrada da inteligência emocional. Podemos adotar várias posturas e uma delas implica em absoluta não violência. Isso exige equilíbrio e desenvolvimento da espiritualidade. A tolerância e a compreensão são ingredientes básicos neste processo.

            Não é produtivo confrontar pessoas que estão contaminadas por conceitos pré-definidos, apoiadas em suas crenças necessárias para sua sobrevivência emocional. Mostrar o que não querem ver, falar o que não querem ouvir pode desestabilizar, eliminar o pseudopoder e levar até mesmo ao desespero.

No ambiente de trabalho, algumas confrontações às vezes são necessárias e devem ser feitas em clima de muito respeito; a firmeza pode estar presente sem desprezar a sensibilidade e, sobretudo o respeito.

Uma autoavaliação, porém, pode mudar tudo: antes de classificar ou rotular esta ou aquela pessoa de “difícil”, temos que refletir se não somos nós os dificultadores da comunicação através das nossas armadilhas da insensibilidade. Estamos mais hábeis em excluir do que em incluir pessoas? Parece que estamos repassando a filosofia do “descartável” nas relações interpessoais ao encontrarmos os primeiros obstáculos, quando o outro não age da maneira como desejamos ou ainda, quando não nos permite o exercício da manipulação. Sim, este é o outro lado da moeda: podem ser classificadas como “difíceis” as pessoas não manipuláveis e neste caso, seria vantajoso ser uma pessoa “difícil”!  

Se abandonarmos os rótulos e chegarmos até a essência das pessoas considerando também o contexto de cada situação, poderemos nos surpreender ao encontrar almas encantadoras e teremos a oportunidade de reformular nossos conceitos. Então, não mais teremos pessoas difíceis diante de nós e sim, pessoas as quais temos que aprender onde fica a porta para seu coração. Estamos dispostos a isso?

 

Kátia Ricardi de Abreu, Psicóloga graduada pela PUCCAMP, especialista clínica em Análise Transacional pela ALAT e UNAT-Brasil, consultora de empresas, palestrante e escritora

 

 

 

 

 


 

 

 

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